Da canalha ao canalha
Alexandre Faria
Salvador Dalì - Purgatório - Canto II |
Muito esperto detona a canalha
No poder são dela os meios a media
O passo a valsa os votos a perfídia
Promessa de um milagre em migalhas
Ache agora a ciência política
Saúde vacina pra escumalha
Que atônita arrependida amealha
Ex-votos em vão ante a peste mítica.
Não vale esperto pichar a canalha
Pois vem de ti único e singular cão
Filho dileto sem fogo de palha
Iogue, mestre de meditação
Autor de soneto esposo sem falha
Pai ditoso que não paga pensão
Homem dócil que soca seu amor
O tipo ideal o vero canalha
Que em nome de deus da família
Nos lança ao horror, ao horror.
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