o poema se esconde sobre a folha morta
descendente de piratas mais que o ouro
deseja a peripatética aventura a ousia
das naus e das lábias, a navegação porca
que a porfia dos homens se faz intacta
dos ademanes da cabeça curva cabeça
de alabastros cuja insígnia demanda atos
a rastejarem pedidos de leitura e glória
por isso o poema forceja à moda dos pares
à mania dos ditames da propaganda mesmo
quando se finge de não e torce o rabo
o poema do performático requebra versos
nos quais o pesinho avança e recua frouxo
para soar a alavanca mesma do escárnio
(oswaldo martins)
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