bare / desnudo
Poema de Danez Smith, em tradução de André Capilé, que vai ser publicada esse ano pela Bazar do Tempo.
bare
for you i’d send my body to battle
my body, let my blood sing of tearing
itself apart, hollow cords
of white knights’ intravenous joist.
love, I want & barely know how
to do much else. don’t speak to me
about raids you could loose on me
the clan of rebel cells who thirst
to watch their home burn. love
let me burn if it means you
& i have one night with no barrier
but skin. this isn’t about danger
but about faith, about being wasted
on your name. if love is a room
of broken glass, leave me to dance
until my feet are memory.
if love is a hole wide enough
to be God’s mouth, let me plunge
into that holy dark & forget
the color of light. love, stay
in me until our bodies forget
what divides us, until your hands
are my hands & your blood
is my blood & your name
is my name & his & his
Ouça também a gravação, enviada por Capilé para a Faixa Sonora #confinamentotal
desnudo
por você mandaria meu corpo lutar
contra meu corpo, deixa meu sangue cantar
se rasgar aos pedaços, cordas ocas
de intravenosas vigas dos guerreiros brancos.
amor, eu quero & mal sei como
fazer muito mais. não fale comigo
sobre tomar de assalto, perderias em mim
o clã de células rebeldes ansiando
assistir ao incêndio do teu lar. amor,
me põe incêndio, se significar que tu
& eu temos uma noite sem barreiras,
exceto a pele. não se trata de perigo,
mas de crença, de ser desperdiçado
em seu nome. se o amor é um quarto
de vidraças partidas, deixe-me dançar
até que meus pés sejam só memória.
se o amor é um buraco largo o bastante
pra ser a boca de Deus, deixa-me abismar
dentro da treva sagrada & esquecer
o colorido da luz. amor, fique
em mim até …
Nenhum comentário:
Postar um comentário