Ásperos tempos
Vilma Costa
São Tempos de calçadas rotas
de ruas vazias
de almas carcomidas
de incertezas
de um povo cansado de sofrer.
O Sol brilha lá fora,
por instantes
e nos convoca a belezas
que se escondem esvoaçantes
atrás de nuvens ligeiras
e jamais se deixam ler.
Os afetos em Tempos de Corona
são carentes de abraços
de beijos apaixonados
de suspiros ao pé do ouvido,
confissões de bem-querer.
Mas contudo,
não importa,
a gente inventa
fotos, vídeos, poemas
desenhos, canções e risos
novos sonhos,
sem problema,
em suas delicadezas
e calor.
Em Tempos de fake news
um simples telefonema
já é declaração de amor.
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