segunda-feira, 18 de maio de 2020

Ásperos tempos, poema de Vilma Costa

Ásperos tempos

Vilma Costa


São Tempos de calçadas rotas
de ruas vazias
de almas carcomidas
de incertezas
de um povo cansado de sofrer.

O Sol brilha lá fora,
por instantes
e nos convoca a belezas
que se escondem esvoaçantes
atrás de nuvens ligeiras
e jamais se deixam ler.

Os afetos em Tempos de Corona
são carentes de abraços
de beijos apaixonados
de suspiros ao pé do ouvido,
confissões de bem-querer.

Mas contudo,
não importa,
a gente inventa
fotos, vídeos, poemas
desenhos, canções e risos
novos sonhos,
sem problema,
em suas delicadezas
e calor.

Em Tempos de fake news
um simples telefonema
já é declaração de amor.

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