Lygia Fagundes Telles : Longevidade e Criatividade
Carlos Augusto Corrêa
Temos que saudar a vida longa. É uma vitória biológica, psíquica e histórica do homem. Fico feliz quando se lembram com ênfase de alguém já idoso. O elogio fundamentado faz bem ao leitor e a todo aquele que vem atravessando por anos e anos a existência.
Estou me referindo à expressiva contista, romancista e advogada Lygia Fagundes Telles. Escritora que venceu na arte literária e que conta atualmente 97 anos. Noventa e sete, gente, de alegria em pleno sentido. Não foi à toa que ganhou três vezes o Prêmio Jabuti, quatro o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte. Abiscoitou ainda o Prêmio Juca Pato. E o Prêmio Camões. E, se não sabem ou não se lembram, ela aos 92 anos foi a primeira mulher brasileira a ser indicada ao Prêmio Nobel de Literatura.
As honrarias conquistadas por Lygia Fagundes Telles não param por aí e não precisam ser todas, nessas linhas comovidas, mencionadas. Melhor deixar pro leitor mais curioso ir à internet, a uma livraria, a uma biblioteca, a qualquer universidade brasileira e se interessar por sua obra, que encontrará material farto. Vão saber que seus contos e romances trabalham com criatividade os temas da tradição: o amor, a fantasia, a morte, a loucura, o medo. Verão estampadas, e muito bem estampadas pelo Brasil, a Ciranda de Pedra, Antes do Baile Verde, As Meninas e outras obras não menos marcantes.
Convido o leitor de todos os tempos a mais uma vez curtir horas lendo e relendo a obra daquela que foi considerada a Grande Dama da Literatura Brasileira.
Um comentário:
Vou mostrar a crônica a Angela Fagundes qus parece ser sobrinha dela e está em minha página.
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