Essa
estória de baterem no peito e dizerem que são verde-amarelos não
convence. Fazer de tudo pela pátria amada, ficar todo verde-amarelado em
passeata parecendo um papagaio humano, isso fica meio abstrato, até,
neste último caso, engraçado. Palhacesco. Pátria amada pra nós é outra
coisa. É a pátria de uma gente chamada Povo.
Imagem de Thomas B. por Pixabay |
O povo é pátria amada. É o brasileiro. Pátria amada são esses trabalhadores que você vê cedinho lotando o ônibus a caminho da luta. Pátria amada é você ver a Cinelândia com gente lutando por seus direitos.
Sou/somos verde-amarelos por isso - porque lemos Paulo Freire que só pensa na educação da vida de nossa gente. Mostrou que, educando, a pessoa consegue luz pra se guiar no mundo e se esclarecer sobre si mesma, e não só isso; se esclarecer sobre o próximo e sobre os destinos de seu país.
Isto é ser verde-amarelo. Não precisamos de decantar a pátria amada, a tal salve-salve, a idolatrada ou outros adas que não interessam. Ser verde-amarelo é apoiar a legítima insatisfação popular. É ensinar a um filho desde criança a necessidade de pensar pra que possa se situar no mundo.
Ser verde-amarelo é se interessar pela vida dos grandes e dos pequenos, de todos que fazem a história deste país. É ler sobre Prestes, Darcy Ribeiro, Niemeyer, Brizola. É se interessar por Tiradentes e Castro Alves, Machado e Drummond, entre tantos outros.
Sou/somos verde-amarelos e admitimos mais cores em nosso nacionalismo. Somos azuis, brancos, mulatos, pretos. Somos vermelhos. Somos tudo aquilo que diz respeito ao povo em todas as suas manifestações.
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