Mais uma vez Manaus está de joelhos. Dessa vez a situação é desesperadora. Este, o melhor adjetivo. É o que estamos vendo com olhos perplexos.
Senhores, o diagnóstico é... falência do sistema de saúde. O governo do Amazonas está transferindo pacientes de Covid pra outros Estados e decretou toque de recolher. O ex-ministro Mandetta informa ter avisado ao governo federal do risco desse caos sanitário e de sobrevivência. O governo não ouviu o recado.
Muito triste. Os relatos são dramáticos. Mais: são trágicos. Temos notícias de funcionários fazendo a oxigenação manual até (sic) conseguirem o ventilador de um paciente que falece. Outras notícias dão conta de pacientes em enfermarias lotadas, sendo reanimados no chão.
Que mais? Parte dos hospitais de Manaus e das unidades de atendimento se transformaram em uma espécie de câmera de asfixia onde muita gente perde a vida.
Por que as autoridades de cima não implantaram a partir de março uma política de emergência pra evitar essa inaceitável tragédia. Mais tarde ainda aconselharam a população a não fazer uso da máscara. E o resultado desse equívoco - ou dessa perversidade - é isso a que estamos assistindo em protesto.
Quero registrar aqui a atitude heroica e solidária dos médicos, enfermeiros e demais assistentes de um hospital. Eles vêm tendo o coração nas mãos e uma ideia na cabeça. A ideia da solidariedade.
A que ponto chegamos! Não se pode admitir que um governo tenha sido tão descompromissado. Que triste... e que vergonha saber que o país comete uma política desse tipo.
Tem razão o ex-ministro Mandetta: a morte por asfixia é a mais cruel de todas. E acrescentamos: é pior do que a morte da responsabilidade de governantes que não vêm dando a necessária e humana atenção ao problema.
Um comentário:
Muito triste o que se vê.
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