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Fortunato Depero, 'Arranha-céus e túneis' (Gratticieli e tunnel), 1930 |
Não sei se pela quinta ou quinquagésima vez que escrevo sobre o assunto, mas vale a pena. Esse moço afoito, incomodado por não sei o quê que não larga a sua cabeça (acho que é convencimento) insiste em falar sobre o assunto que todo o mundo já sabe: a pobreza de muitas conversas praticadas no Facebook. E o dito sempre fala isto pra mim, justo pra "moi", que escrevo diariamente no Face.
É também pela quinta ou quinquagésima vez que sei dessa verdade. O Face é espaço, sobretudo, pra assuntos ligeiros. Mas o moço ainda não percebeu que pouco me importa o que ele está pensando. Vou continuar publicando textos sérios, apesar desse menosprezo em massa.
Há uma coisa, porém, que tem de ser levada em conta. Ah isso tem. Não é verdade que o Facebook seja espaço só pra baboseiras, inclusive as publicadas também por este moço cujo nome fiz questão de não mencionar no início dessa conversa por não ter ele a menor importância cultural.
Tenho visto aqui excelentes e minuciosos vídeos em que se ensinam idiomas. Verdadeiras aulas pesquisadas. Vejo também transcrição de poemas, como sempre estão aparecendo, alguns de excelente qualidade. Outro dia escrevi sobre a poesia de Ana Cristina Cesar, um dos maiores nomes, senão o maior, da geração do mimeógrafo. Antes havia lido uma página inteira de poemas seus.
Quantos debates políticos, ensaios artísticos e programações musicais estampadas nessa telinha branca povoada de gente, visual e textos.
Grandes nomes de nossa cultura não se negam a dar depoimentos importantes on-line. Diante de tudo que escrevi e do que falam a favor do Face, prefiro seguir meu caminho como subautor e procurar de todo jeito esquecer este moço. E não só ele. Esquecer, acima de tudo, a xaropada verbal que volta e tanta ele costuma trazer pra cá.
2 comentários:
Legal, gostei.
Irrita, de fato, essa gente que faz pose pra criticar o Face.É só não aparecerem, que ninguém sentirá a falta deles.
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