Greta Ernman Thunberg( A "pirralha" que Admiro), crônica de Carlos Augusto Corrêa

Greta Ernman Thunberg( A "pirralha" que Admiro)

Carlos Augusto Corrêa

Volta e meia a história nos presenteia com ums talentos precoces. Anos atrás, foi a moça Malala, ativista em prol da educação e da mulher. Mais recentemente, outra moça, Greta Ernman Thunberg, uma sueca, melhor, uma suequinha danada, atenta ao aquecimento global e ao meio ambiente.

Acompanho a distância a sua caminhada. Ser ativista ambiental em sua idade não é tão comum. Tivesse eu um filho nessa faixa com a mesma preocupação, me sentiria feliz. Por que não? Afinal, teria gerado alguém que desde cedo teria resolvido pôr a boca no trombone.

Ausentava-se das aulas, não pra incomodar a direção e a coordenação da escola, queria exigir dos políticos medidas objetivas a fim de conter as mudanças climáticas. E vem se mostrando decisiva. Claro que você não está só. Passou por cima de algumas preferências de sua idade e luta por uma causa de todos.

Inconformada com as injustiças adultas em assunto de meio ambiente e aquecimento, você pelo jeito quer uma escola diferente. Tenho certeza de que não aceita censura à aula de um professor. Sabia que quiseram incutir na cabeça de crianças e adolescentes de meu país esse hábito desumano? A garotada teria de delatar professor. Que vergonha, não! Você quer uma escola mobilizada. Isso mesmo. "Skolstreik för klimatet". Mobilizada, lutando contra os danos ao clima e no fundo contra outros danos.

De certo modo eu fui assim como você. Comecei com uns treze pra quatorze anos a querer um país melhor. Meu pai, conservador, mas graças, jamais um fascista, me orientou e com respeito a minhas ideias. Por isso entendo você. Sou um velho observador, menina, do que é maior na vida. E você, tão nova, já merece a minha admiração, aliás não só agora que foi eleita pela Time a personalidade do ano. Mas há muito, há muito mais tempo, querida!