Natal com Chuva
Carlos Augusto Corrêa
Natal com chuva não vou rimar com casamento de viúva, nem com outra coisa parecida com essa brincadeira. Mas Natal desse jeito, sem praia, sem perambulação, ao contrário do que muitos pensam, é algo aprazível pra mim. Passar com os meus, entre familiares e amigos, dá a sensação de que estou partilhando ternura e compreensão.
A praia? sem a movimentação de anteontem à noite, quando o calor levou bocas e bocas a procurarem o primeiro quiosque, bar, restaurante ou uma biboca qualquer.
Há silêncio e chuva, além de notícias de aguaceiro em grande parte da cidade. Neste ônibus em que enfrento um engarrafamento cavalar, espero que esse 24 de dezembro não nos proporcione uma cena de assalto. Tão bom será se nessa avenida houver aquela comunhão de gente querendo a outras gentes. O espírito coletivo que devia se espalhar pela cidade, pelo país, não sei se agora ele baixará .
Por enquanto o Natal com chuva traz tranquilidade, traz a mesma paz que desejo a você, leitor, que a essa altura só pode esperar de mim uma palavra mansa, dessas que nem carícia de criança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário