Leia o poema seguido de uma tradução de Alexandre Faria.
Sono un punto solo nel deserto rosso:
oggi è questa la mia dimensione, un punto
che non ha lunghezza, larghezza, profondità,
caduto dalla parte più alta del cielo su una terra
piena di silenzio e pura improvvisamente.
Ti scrivo dalla zona rossa, ed è questa la verità:
i confini sono tracciati, il rosso ha riempito lo spazio
senza entrata né uscita, e tutti sono come me,
punti soli, senza illusione, nella prima primavera
del millennio che al tempo sta cambiando la faccia.
Ti scrivo e da questa stanza sussurro che se un punto
non ha dimensioni è perché forse le ha unite tutte in sé?
Pensarsi è unirsi – mentre la notte e il giorno hanno
un unico colore, e impariamo a pensarci,
e un bene, come mai, nuovo.
Sou um ponto só no deserto vermelho:
hoje é esta a minha dimensão, um ponto
que não tem altura, largura, profundidade,
caído da parte mais alta do céu sobre uma terra
cheia de silêncio e pura de repente.
Te escrevo da zona vermelha, e esta é a verdade:
os limites estão traçados, o vermelho preencheu o espaço
sem entrada nem saída, e todos são como eu,
pontos sós, sem ilusão, na prima primavera
do milênio que com o tempo muda de face.
Te escrevo e deste quarto sussurro que se um ponto
não tem dimensões é porque tenha unido todas em si?
Pensar é se unir – enquanto a noite e o dia têm
uma única cor, e aprendemos a pensar,
e um bem, como sempre, novo.
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