Entenda, Amigo - Carlos Augusto Corrêa

Amigo, há três semanas venho querendo dizer algo e só agora, que ficou bem claro a meus olhos, me sinto à vontade pra publicar. 

Você manifestou, com muita democracia, aliás, o amor que sente por mim e uma forte necessidade de ter um encontro íntimo enriquecedor.

Achei bonita a forma elegante com que se colocou e até se colocaria nesse momento em que vou discordar de você. Acontece que, sexualmente, não manifesto preferência pelo mesmo sexo. É algo intrínseco a minha formação. Desde a adolescência, quando despertei pra sexualidade, e daí por diante, senti prazer ilimitado pela mulher. Gosto fisicamente de suas curvas, diferentes das que tenho. Minhas emoções e a visão de mundo passaram a se identificar com a beleza física de uma mulher. É algo que não sinto necessidade de mudar. Estou satisfeito, e muito mais ainda, com essa preferência.

Há muitos anos respeito a diversidade no campo sexual. Jamais discriminei quem opta pelo mesmo sexo, nem usei de atos brutais ou  declarações insultuosas. Jamais. Aqui mesmo no Face, tenho amigos com o mesmo tipo seu de preferência. E fora do Face convivo com mais de um companheiro da comunidade LGBT. Em toda a minha luta a favor de uma sociedade mais aberta, escolhi esse comportamento ideológico: o respeito também à sexualidade. 

Gosto de sua amizade e pretendo continuar com ela aqui e, se quiser, fora do Face. Apenas tenho essa visão diferente. Isto nunca será motivo pra divergência. Mas aqui, não podia deixar de manifestar a você essa minha verdade. 

Um abraço, pode até ser aquele abraço da música, com a marca da sinceridade, esperando que amanhã continue a entrar em minha caixa de mensagens e diga um olá, como vai com o mesmo impacto de um cumprimento leal.