Recebi uma vez uma crônica de um militar que (coincidência...) era um capitão. Ela me foi entregue por um subordinado seu, entusiasmado com o texto.
Gente, li a crônica que fazia um elogio emocionado, chocho e mal-ajambrado à "doce e adorada pátria" que de pronto me despertou o riso. Este capitão não era nem podia ser um escritor, senão um triste excretor de ideias batidas.
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Entrei numa seção de livros de um Shopping e pedi um livro de poemas pra adolescência. O funcionário me trouxe um livreto de textos poéticos elogiando o Brasil.
Olhei uma, duas páginas e dispensei aquilo. Eu não queria aquele amontoado de ideias velhas e rígidas que abafam a invenção do adolescente. Poesia cívica? Meu neto não merece isso. E qualquer adolescente também.
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